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  • Peri Dias

Finanças em ordem: dicas para um 2019 próspero




Janeiro é o período ideal para colocar as finanças em ordem e fazer valer aquele voto clássico de “próspero Ano Novo”, que tanto escutamos em dezembro. Uma boa organização financeira a partir do primeiro mês do ano pode trazer o impulso necessário para o investidor que deseja poupar e aplicar seu dinheiro com regularidade nos meses seguintes.


Para inspirar você a pensar nos cuidados que seu dinheiro merece, conversamos com o consultor José Leonardo de Campos, sócio da Plano Consultoria em Finanças Pessoais, e compartilhamos aqui as observações do especialista. Neste post mostraremos outras nove dicas de Campos para lidar com as dívidas, reduzir os gastos e reforçar a poupança. Aliás, essa é a segunda sugestão do Blog do Veduca: leia item por item e pense se você pode seguir as recomendações desde já. Com medidas simples e realistas de controle financeiro, as chances de você chegar a 2020 tranquilo quanto à sua situação econômica serão bem maiores!


Aproveite 2019 para colocar as finanças em ordem


1. Conheça bem seus gastos variáveis

No post anterior, sobre o método de poupança progressiva semanal, Campos explicou que um ponto fundamental para qualquer pessoa que queira fazer uma boa gestão das finanças pessoais é conhecer o próprio orçamento. Quanto mais precisão você tiver sobre seus ganhos e gastos, mais conscientes tendem a ser suas decisões de consumo e poupança.


Campos explica que a Plano Consultoria sugere aos clientes que organizem suas finanças em cinco blocos: entrada (qualquer forma de receita, como o salário, por exemplo), despesas fixas (aquilo que se paga todo mês: aluguel, energia elétrica, supermercado e escola, por exemplo), despesas variáveis (lazer e consumo não-mensal), dívidas (inclusive parcelamentos) e investimentos.


Desses blocos, as pessoas estão mais habituadas a controlar receitas, despesas fixas, dívidas e investimentos. O bloco que ficou faltando, o das despesas variáveis, costuma ser o ponto fraco do planejamento financeiro das famílias.


“Uma das perguntas que fazemos aos nossos clientes, no começo do trabalho, é sobre o valor médio dos seus gastos variáveis. Cerca de 80% das pessoas não sabem responder ou fazem uma estimativa que depois se mostra bem fora da realidade”, diz o consultor.


Isso é um problema, segundo Campos, porque quem não sabe quanto gasta não consegue definir uma meta realista de gastos e poupança e, portanto, fica sem limites. Para resolver a falta de controle, ele sugere um acompanhamento semanal dos gastos. Todos os membros da família devem registrar, pelo menos uma vez por semana, quanto gastaram com tudo o que não é despesa fixa. Dessa forma, será possível, depois de algumas semanas, ter uma ideia melhor da média de gastos variáveis e, com isso, definir quanto se espera economizar e como.


“Se o seu variável aceitável é de mil reais por mês, por exemplo, sua média semanal de gastos precisa se limitar a 250 reais. Então, todo fim de semana você pode acompanhar e corrigir o trajeto antes de fechar o mês. Se o variável estourou naquela semana, na próxima você pode segurar os gastos para não estourar no fim do mês”, ele explica.


2. Depois de conhecer o variável, isole-o dos outros gastos

O variável costuma ser o bloco com os gastos mais fáceis de se enxugar, porque inclui despesas com lazer, viagens, roupas e consumo em geral. Porém, esse é também o grupo em que há mais espaço para a indisciplina – aquela compra que você faz porque “estava merecendo” ou porque “a promoção estava imperdível”, por exemplo.


A sugestão de José Leonardo de Campos para evitar que o consumo por impulso arruine seus planos de poupança é isolar radicalmente os gastos variáveis dos demais, inclusive com uma separação física dos recursos, se necessário. Uma forma de fazer isso é definir quanto você quer gastar por mês com as despesas variáveis e, ao receber o salário, colocar esse valor em uma caixa, se você estiver lidando com dinheiro vivo, ou em uma conta corrente separada da conta do salário.


“É como se você estivesse criando um cartão pré-pago para si mesmo”, ele explica.


Quando as reservas da caixa ou da conta corrente separada acabarem, será mais fácil resistir à tentação de seguir gastando. Essa sugestão ajuda a deixar as finanças em ordem e funciona melhor quando combinada com a próxima.


3. Reavalie sua relação com os cartões de crédito


Atenção ao cartão de crédito: especialista recomenda controle rígido dos gastos no cartão, em especial dos parcelamentos, a quem quer deixar as finanças em ordem.


Ninguém nega a praticidade que o cartão de crédito oferece e nem o fato de que, às vezes, parcelar uma compra pode ser o único caminho para se obter um bem ou serviço imediatamente. No entanto, os riscos dessa forma de pagamento também são bem conhecidos. Os juros do cartão de crédito, quando o consumidor deixa de pagar o valor total de uma fatura, são sempre extremamente elevados e costumam ser uma via expressa rumo ao endividamento descontrolado.


Mesmo quando o usuário do cartão paga suas faturas em dia, um risco inerente ao parcelamento é que o consumidor registre mal suas dívidas, no controle de gastos que ele precisa ter. Deixar de prever uma parcela é um erro bem comum e que pode prejudicar a meta do mês inteiro. Por isso, Campos recomenda parcimônia na utilização do cartão de crédito e um acompanhamento bastante atento de qualquer compra parcelada.


“O crédito em si não é um problema, se você souber que poderá pagar as faturas que virão, mas muita gente se atrapalha com o parcelamento, e isso desestrutura o plano todo”, ele diz.


Um caminho para quem já passou por essa experiência, segundo o consultor, é segurar os gastos com o cartão, temporariamente, até ficar bem consciente da sua dinâmica de gastos e poder voltar, aos poucos, às compras parceladas. Até ganhar essa segurança, dê preferência às aquisições com dinheiro e cartão de débito, até mesmo para identificar que tipo de gasto está fazendo você recorrer ao endividamento (lembre-se que o uso do cartão de crédito é equivalente a pegar um empréstimo no banco, ou seja, é uma dívida temporária, apesar da ilusão de que é só uma forma de pagamento).


Saiba mais sobre como deixar as finanças em ordem, em 2019


O vídeo abaixo, da Exame.com, explica como investir na bolsa pela primeira vez. Depois de deixar as finanças em ordem, pode ser um caminho para fazer render suas economias.



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