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  • Peri Dias

EdTechs já chegam a todo o país – e estão só começando

As EdTechs, como são conhecidas as startups que usam a tecnologia a serviço da educação, já estão presentes em todo o Brasil e fazem uma grande diferença na vida dos alunos que utilizam seus produtos e serviços, mas ainda têm muito a crescer, especialmente no contato com as instituições de ensino público.

É essa avaliação de Leo Gmeiner, membro do Comitê de EdTechs da Associação Brasileira de Startups (Abstartups), sobre as companhias que contribuem para levar inovação ao setor educacional.


Gmeiner participou, no ano passado, da elaboração do primeiro levantamento brasileiro sobre o tema, o Mapeamento das EdTechs 2018, realizado pela Abstartups e pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb).



8 perguntas sobre EdTechs no Brasil




Blog do Veduca – Abstartups e o Cieb divulgaram, em 2018, um levantamento sobre EdTechs no Brasil. Foi o primeiro estudo desse tipo no país? Quais foram as principais conclusões?

Leo Gmeiner – Sim, possivelmente, o primeiro focado em startups de educação. Entre os resultados, alguns destaques ficam para a capilaridade, uma vez que temos EdTechs em todos os estados do Brasil, o grande volume de soluções exclusivas para a Educação Básica e o modelo de receita por assinatura, adotado por 70% dos negócios.


Blog do Veduca – O levantamento mostra que a demanda por Educação a Distância no Brasil está relacionada sobretudo ao Ensino Superior e à formação continuada. O que explica o aumento da demanda nesses segmentos?

Leo Gmeiner – A busca por EAD é um reflexo direto da necessidade de se economizar tempo, deslocamento e dinheiro, uma vez que, em geral, esses cursos têm mensalidades mais acessíveis do que os presenciais. É uma demanda crescente, que atende públicos específicos e que tende a aumentar ainda mais.


Blog do Veduca – Quem são os brasileiros que mais se beneficiam dos serviços oferecidos pelas EdTechs?

Leo Gmeiner – Há soluções B2C (do negócio para o consumidor), voltadas aos estudantes, e B2B (de negócio para negócio), voltadas aos professores e gestores escolares. Todos são positivamente impactados pelas EdTechs, tendo em vista que entram soluções que vão da gestão à sala de aula.


Blog do Veduca – Qual é o perfil ou quais são os perfis mais comuns das EdTechs brasileiras, em termos de estrutura da companhias?

Leo Gmeiner – Em linhas gerais, empresas de tecnologia (startups) tendem a ser mais enxutas, até por definição. Consequentemente, têm menos funcionários, se compararmos a negócios tradicionais. Quando consideramos a definição do Sebrae para classificar pequenas, médias e grandes empresas, vemos que a maioria das EdTechs se enquadra nas categorias de pequenas e médias. Da mesma forma, olhando para a definição legal de porte por faturamento, as startups de educação são de pequeno porte, com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões.


Blog do Veduca – Qual é o caminho mais comum para o surgimento de uma EdTech? 

Leo Gmeiner – Em geral, startups nascem a partir da percepção problemas reais vividos pelos empreendedores ou por pessoas com quem se relacionam. No entanto, as grandes corporações também têm buscado inovação para suas operações, e isso tem acontecido de duas formas. Basicamente, as companhias maiores se aproximam das EdTechs investindo e consumindo seus produtos ou criando suas próprias estruturas de inovação. Em muitos casos, empreendedores de startups são contratados pelas grandes empresas nesse contexto.


Blog do Veduca – O que diferencia e o que aproxima o cenário brasileiros de EdTechs do cenário de outros países?

Leo Gmeiner – É difícil comparar universos diferentes como o Brasil e outros países, mas, se compararmos aos Estados Unidos, por exemplo, temos menos incentivo ao investimento e, consequentemente, vemos florescer um número menor de startups. Há muitos problemas tributários e de processos no Brasil, que dificultam também o impulsionamento e a aceleração de novas ideias.


Blog do Veduca – Qual é o próximo grande desafio das EdTechs no Brasil? Elas vão crescer mais e para onde?

Leo Gmeiner – O desafio das EdTechs ainda está na conscientização dos gestores escolares sobre o que são essas empresas e como podem ajudar as instituições de ensino. Por sua vez, as instituições de ensino precisam enxergar o crescimento do setor de uma maneira benéfica, como uma evolução mais rápida. Além disso, vejo a educação pública como um bom caminho de crescimento para as EdTechs, uma vez que 88% dos alunos da educação básica estão matriculados na rede pública de ensino. Porém, para isso se tornar um caminho viável, será preciso que os governos em todas as esferas abram suas portas cada vez mais para as soluções das startups de educação.


Blog do Veduca – É possível apontar alguns exemplos de EdTechs tremendamente inovadoras e bem-sucedidas no Brasil?

Leo Gmeiner – No Brasil, temos destaques em áreas como inteligência artificial, realidades aumentada e virtual, além de drones.


Saiba mais sobre EdTechs


Neste post do E-Commerce News, o gerente de Inovação da Pearson no Brasil, Vincent Bonnet, indica sete EdTechs brasileiras que se destacam por sua originalidade (não queremos nos gabar, nem nada, mas o Veduca está na lista!).


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