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  • Peri Dias

Curso de prevenção ao assédio sexual traz olhar inovador



O mais inovador curso de prevenção ao assédio sexual do Brasil acaba de entrar no ar no Veduca, em linha com a proposta da plataforma de aprendizagem online de ajudar as pessoas a desenvolverem habilidades cruciais para relacionamentos mais sustentáveis.


Elaborado em parceria com a Women Friendly, a primeira start-up da América Latina especializada em certificar empresas e estabelecimentos que atuem para combater o assédio sexual em seus ambientes de trabalho e consumo, o curso online Assédio Sexual: Prevenção e Combate tem como objetivo contribuir para uma mudança cultural que garanta ambientes mais seguros e produtivos para todos.


Um dos destaques do curso de prevenção ao assédio sexual é justamente a base sólida de conhecimentos teóricos e práticos que a equipe do Women Friendly traz para as aulas. As responsáveis pelo conteúdo são as sócias da empresa. Uma delas é a jornalista Ana Addobbati, mestre em Marketing e Comunicação, com 10 anos de experiência em algumas das maiores companhias do país e fundadora da Women Friendly.


A outra sócia é a advogada Nathália Waldow, que também é co-fundadora da Associação das Advogadas pela Igualdade de Gênero. Ambas especializaram-se, ao longo da carreira, em ajudar mulheres vítimas de assédio e em orientar organizações que escolhem combater o problema.


No curso, Ana é a apresentadora que conduz o aluno pelo percurso proposto e que traz uma abordagem humana e prática. Já Nathália acrescenta informações sobre o aspecto jurídico e definições cruciais para uma discussão bem embasada sobre o tema.


Elas usam dados de institutos de pesquisa, de centros de estudo em questões de trabalho e de gênero e de organismos como a ONU, além de elementos da própria legislação brasileira, para explicar o que é assédio sexual, como isso costuma acontecer, os efeitos desse tipo de situação e como é possível prevenir essas ocorrências.  


Além das duas sócias, o curso conta com a participação da especialista em Desenvolvimento Humano Fabiana Soares, ex-vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos em Pernambuco e voluntária da ONU Mulheres no estado. Ela explica, nos vídeos, a relação entre assédio e queda da produtividade no ambiente de trabalho.


Na metade final do curso, quando os principais conceitos sobre o tema estão bem definidos, Ana Addobbati também apresenta sugestões de como as empresas podem construir uma cultura de prevenção e combate ao assédio sexual.


Uma das principais medidas é identificar o comportamento das lideranças e sua postura frente ao assunto, já que o comportamento dos gestores molda, em boa medida, a forma como toda a equipe encara o assédio.


A especialista ainda realça a importância de a organização promover treinamentos frequentes, em que o assédio seja discutido sob os aspectos jurídico, produtivo e humano.


Curso de prevenção ao assédio valoriza experiências reais das mulheres

Outro diferencial do curso, para além da qualidade das informações apresentadas, é abordar o assédio por uma perspectiva pouco explorada nas aulas virtuais disponíveis até agora, a das mulheres que foram vítimas de assédio.


As cartilhas e vídeos que tratam do tema, que são relativamente escassos, costumam se limitar às perspectivas conceitual, jurídica e prescritiva – ou seja, com recomendações às vítimas sobre o que fazer. Porém, abrem pouco espaço aos relatos das pessoas que passaram por situações de assédio.


O curso do Veduca preenche essa lacuna por meio de diversos depoimentos de mulheres assediadas. As histórias foram coletadas ao longo da jornada do Women Friendly nas redes sociais, em tribunais e em sessões de acolhimento de vítimas que pediram ajuda à organização. Para preservar a identidade das pessoas que compartilharam suas experiências, atrizes interpretam os relatos, nos vídeos do curso. As mesmas atrizes também contam casos de assédio que vivenciaram quando crianças ou adultas.


Como conta Ana Addobbati, os depoimentos foram um caminho para mostrar as diferentes formas que o assédio pode assumir. São casos como o da consumidora abordada de forma inadequada pelo prestador de serviço, o da fornecedora constrangida por um cliente que acha que tem o direito de agir como se ela estivesse à disposição do seus desejos, o da profissional que começa a limitar sua presença em encontros da empresa por causa da importunação dos colegas e o da funcionária que sofre pressão para sair com o chefe. Todos os cenários são bastante comuns, mas quando relatados nas palavras precisas das vítimas dessas histórias, ganham um peso surpreendente.


“Valorizar as vozes das mulheres assediadas, em um curso como esse, acrescenta nuances importantes à percepção de quem assiste às aulas. Quando conhecemos histórias reais e associamos a isso todo a base conceitual e prática sobre o tema, fica mais fácil entender por que o assédio sexual é um problema a ser combatido, como ele ocorre e de que forma enfrentar institucionalmente essa questão”, diz Ana Addobbati.


Ela afirma, ainda, que os casos apresentados no curso podem contribuir para que mulheres vítimas de assédio entendam que sofrem violência, ao se identificarem com as histórias de outras pessoas, e com isso consigam interromper esse ciclo.


Veja um pouco mais sobre o curso no vídeo abaixo.




Curso de prevenção ao assédio sexual é uma resposta à realidade

A relevância de um curso de prevenção ao assédio sexual como o que o Veduca e a Women Friendly estão oferecendo encontra justificativa na realidade que muitas mulheres encaram no mercado de trabalho e em ambientes públicos e privados.


Levantamento de um dos mais importantes institutos de pesquisa do país, o Datafolha, mostra que quatro em cada dez brasileiras afirmam ter sido vítimas de assédio. Realizada em 2017, a pesquisa tem margem de erro de dois pontos e revela um quadro grave sobre esse tipo de violência no Brasil.


Quando a pergunta se refere ao local do assédio, 29% das entrevistadas disseram que o abuso ocorreu na rua. Outros 22% indicaram o transporte público, enquanto 15% mencionaram o trabalho, 10% a escola ou a faculdade e 6% apontam a própria casa como lugar onde foram importunadas ou agredidas. A soma das respostas ultrapassa os 42% iniciais porque cada mulher podia indicar mais de um local.


Outro dado que demonstra a extensão do problema vem de uma reportagem publicada em 2018, no site da revista Veja. A matéria mostra que o número de ações de assédio sexual abertas em primeira instância, no Brasil, cresceu mais de 200%, em três anos. Em 2013, foram 1530 casos, ante 4450 em 2016. Em 2017, só até a primeira metade do ano, o número de ações já estava em 4057, o que indicava que, se o ritmo fosse mantido, até o fim daquele ano o volume de casos teria quintuplicado, em relação a 2013.


O levantamento foi realizado, a pedido da revista, pela consultoria Kurier Analytics, que usou a base de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como fonte para a pesquisa. Segundo o CNJ, 88% das ações de assédio sexual no Brasil, em 2016, se deram na esfera trabalhista.


Curso de prevenção ao assédio motivou série especial do Blog do Veduca


Para contribuir com o debate sobre o tema e chamar atenção para a importância de um curso de prevenção ao assédio sexual, o Blog do Veduca publicou, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, uma série de posts sobre as definições, as causas e as consequências do assédio em suas variadas formas.


Veja também alguns vídeos sobre assédio que já compartilhamos no Blog do Veduca:






Leia mais sobre assédio sexual nos posts a seguir.


Canal de denúncias contra o assédio precisa ser para valer

Medidas contra o assédio: o que as empresas podem fazer

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