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  • Peri Dias

15 frases de celebridades sobre o assédio sexual contra a mulher



Em outubro de 2017, algumas das atrizes e cantoras mais conhecidas do mundo juntaram suas vozes às de outras pessoas que há anos vinham alertando que o assédio sexual contra a mulher precisa ser combatido com mais vigor.


Você já conhece o curso online Assédio Sexual: Prevenção e Combate?


Dezenas de denúncias de que o produtor de cinema Harvey Weinstein seria um assediador em série encorajaram que viessem a público depoimentos de que outros homens poderosos da indústria cinematográfica também teriam se aproveitado de sua situação de poder para constranger, atacar e humilhar mulheres.


Não demorou para surgirem campanhas de apoio às vítimas dessa forma de violência, como a Me Too, e logo a onda de mobilização contra o assédio se espalhou globalmente. O tema povoou as redes sociais, ganhou uma cobertura significativa da imprensa e gerou uma onda de debates em diversos países.


Como explicou a consultora no tema do combate ao assédio sexual, Ana Addobbati, em uma entrevista ao Blog do Veduca, o movimento das celebridades por ambientes mais seguros e respeitosos foi um entre os vários fatores que tornaram os abusos mais visíveis.


Com todas as ressalvas que se possa fazer quanto ao longo caminho que existe pela frente, a emancipação financeira das mulheres, um entendimento um pouco mais consolidado de que elas têm direito às decisões sobre seu próprio corpo e a capilaridade das mídias sociais são ingredientes desse caldo que permitiu elevar o assédio sexual contra a mulher ao posto de um dos temas mais comentados da atualidade. Porém, é inegável que o apoio das celebridades de Hollywood deu um belo impulso à causa.


Também no Brasil, casos recentes de acusações de assédio envolvendo pessoas conhecidas, como o ator José Mayer e o médium João de Deus, abriram espaço a conversas mais frequentes sobre a importância de levar a sério os depoimentos das vítimas e de punir as pessoas que comprovadamente praticaram esse crime.


Para apoiar o debate sobre a prevenção e o combate aos abusos, o Blog do Veduca selecionou declarações de celebridades brasileiras e estrangeiras que se destacaram, nos últimos dois anos, por seu engajamento em ações pelo fim do assédio sexual contra a mulher. Confira a seguir o que algumas celebridades disseram sobre o assédio sexual contra a mulher.


Celebridades falam sobre o assédio sexual contra a mulher


  • No Brasil


Taís Araújo: “o negócio é não naturalizar”


Taís Araújo em cena, ao lado deLázaro Ramos, durante apresentação da peça O Topo da Montanha: assédio sexual contra a mulher não é brincadeira, ela diz

“Esses casos de assédio acontecem em todos os lugares, o tempo inteiro. E a gente de fato acredita que precisa ter uma união. Além de os homens terem que se reeducar, a gente também tem que se reeducar e saber que se tem alguém passando um constrangimento ao meu lado, essa pessoa pode contar comigo, eu não vou rir e não vou ficar sem graça e deixar passar. O negócio é não naturalizar”.


A atriz participou da campanha Mexeu com Uma, Mexeu com Todas, em 2017, e deu esta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo sobre o tema.


Sophia Abrahão: “Finalmente estamos entendendo que a luta é coletiva, que precisamos nos unir”

“Que momento especial que estamos vivendo. Finalmente estamos entendendo que a luta é coletiva, que precisamos nos unir. O caminho ainda é longo, mas sinto que cada vez mais estamos tomando consciência da importância desse movimento contra o machismo, sexismo e misoginia”.


A declaração foi concedida à revista Marie Claire, em 2017, em reportagem sobre a campanha que envolveu atrizes da TV Globo e pediu que a emissora tomasse providências quanto às denúncias de assédio sexual contra o ator José Mayer.


Astrid Fontenelle: “Sim, o assédio incomoda, oprime”

“Chega! Fale com seu chefe superior e se ele for o causador do seu incômodo. Sim, o assédio incomoda, oprime. Procure o RH. Hoje, durante o dia todo, você pode e deve reverberar essa questão”.


Astrid falou à revista Marie Claire, como parte da mesma reportagem mencionada acima.


Dira Paes: “Não é uma disputa. O feminismo é uma tentativa de igualdade entre homens e mulheres”

“Acho que todas as mulheres já passaram por esse tipo de situação. É cotidiano. E é isso o que a gente tem que romper. Mostrar a importância da sororidade, que são mulheres ajudando mulheres. Não é uma disputa. O feminismo é uma tentativa de igualdade entre homens e mulheres. Hoje não somos iguais. No século 21 a gente continua enfrentando problemas do século 18”.


A atriz falou sobre assédio sexual à coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, e revelou que passou por situações de constrangimento, inclusive quando era pré-adolescente.


Claudia Leitte: “Senti-me constrangida sim!”


Cláudia Leitte apresenta-se em um show, em Feira de Santana (BA): cantora diz que ficou constrangida com comentários de Sílvio Santos em um programa.

“Senti-me constrangida sim! Quando passamos por episódios desse tipo, vemos em exemplificação, o que acontece com muitas mulheres todos os dias, em muitos lugares. Isso é desenfreado, cruel, nos fere e nos dá medo”.


O desabafo foi publicado nas redes sociais da cantora, pouco depois de o apresentador Silvio Santos dizer ao vivo, no programa Teleton, que não a abraçaria porque ficaria excitado com a roupa que ela estava usando.

Veja mais nesta reportagem do site Catraca Livre.



  • No exterior


Angelina Jolie: “a vergonha é do agressor”


“Nós devemos mandar uma mensagem para todo o mundo, de que não há vergonha em ser uma sobrevivente da violência sexual – a vergonha é do agressor”.


A afirmação faz parte de um discurso da atriz, em 2014, na abertura do Seminário Global pelo Fim da Violência Sexual em Conflitos, em Londres. Embora o tema do encontro fossem os estupros em lugares que estão em guerra, a mensagem de Jolie fala da violência sexual de maneira mais ampla.


Barack Obama: “Os homens jovens precisam mostrar às mulheres o respeito que elas merecem”

“Os homens jovens precisam mostrar às mulheres o respeito que elas merecem, ao reconhecer a violência sexual e fazer sua parte para detê-la”.


O ex-presidente dos Estados Unidos incluiu essa fala como parte de seu discurso em um evento na Casa Branca, em 2014, para celebrar o Conselho para Mulheres e Garotas, um grupo de trabalho que seu governo criou para discutir temas de interesse da população feminina.


Viola Davis: “Eu gostaria de poder salvar a vida dela”

“Eu gostaria de poder dizer à minha irmã que ela não é suja, e que ela não deveria sentir qualquer vergonha por algo pelo qual ela não é responsável. Eu gostaria de poder salvar a vida dela”.


A declaração foi feita em um discurso forte e emocionante, durante um evento de arrecadação de fundos para uma organização que acolhe vítimas de violência sexual. A atriz Viola Davis, vencedora do Oscar de melhor atriz em 2017, compartilhou a história de como sua irmã foi abusada quando era criança e o impacto terrível que esse fato teve na vida da garota.


Lupita Nyong’o: “agradeço às mulheres que falaram sobre o tema e me deram força para revisitar esse momento triste do meu passado”


Lupita Nyong’o discursa durante premiação em Nova York: atriz escreveu artigo sobre assédio que sofreu no início da carreira.

“Eu gostaria de ter sabido que havia mulheres nesse setor (cinematogáfico) com quem eu poderia ter conversado. Eu gostaria de ter sabido que havia ouvidos para me escutar. Que a justiça poderia ser feita. Claramente, existe um poder na representatividade. Eu agradeço às mulheres que falaram sobre o tema e me deram força para revisitar esse momento triste do meu passado”.


A atriz Lupita Nyong’o, vencedora do Oscar em 2014, assinou um relato no The New York Times sobre como o produtor Harvey Weinstein teria praticado assédio sexual contra ela e feito ameaças à sua carreira, por ela não ter aceitado manter relações sexuais com ele. O trecho acima é parte desse relato e revela a sensação de isolamento que as vítimas de assédio frequentemente possuem. Harvey respondeu às acusações, pouco depois, afirmando que tem “outras memórias de como as coisas aconteceram”.


Gal Gadot: “Estamos unidas nestes tempos de mudança”

“Bullying e assédio sexual são inaceitáveis! Eu apoio as mulheres corajosas que estão confrontando seus medos e falando sobre o tema. Estamos unidas nestes tempos de mudança”.


A atriz israelense que interpretou a Mulher Maravilha nos cinemas manifestou apoio a outras artistas, no início do movimento #MeToo, em novembro de 2017.


Alyssa Milano: É inspirador que este movimento deve continuar e que as coisas podem mudar”

“Eu pensei ‘Quer saber? Esta é uma ótima forma de termos uma ideia da magnitude deste problema’. Também era uma maneira de tirar o foco desses homens horríveis e de recolocar o foco nas vítimas e nos sobreviventes. Isso não é apenas algo terrível que acontece no nosso setor, mas que acontece em todos os setores. É inspirador que este movimento deve continuar e que as coisas podem mudar.”


A atriz explica, nessa fala, por que ela resolveu pedir a outra mulheres vítimas de assédio que elas respondessem à sua mensagem no Twitter usando a hashtag “#MeToo”. O pedido de Alyssa deu origem a uma avalanche de respostas e à criação do movimento pelo fim do assédio sexual contra a mulher.


Lady Gaga: “Eu fui atacada quando eu era jovem e eu contei às pessoas”

“Quando eu comecei na indústria da música, com cerca de 19 anos, era a regra, e não a exceção, que você entraria em um estúdio de gravação e seria assediada. Era assim que as coisas eram. Então, eu gostaria de ter falado sobre isso mais cedo. Eu falei sobre isso. Eu fui atacada quando eu era jovem e eu contei às pessoas. Mas ninguém quer perder poder, então, eles não protegem você porque, se disserem algo, podem perder parte de seu poder”.


Declaração da cantora em uma entrevista ao The Hollywod Reporter, como relata o jornal The Independent.


Nicole Kidman: “Casei por amor, mas ser casada com um homem poderoso evitou que eu sofresse assédio sexual”

“Eu ter me casado com Tom Cruise, aos 22 anos, é algo a respeito de que eu sempre reluto em falar, porque agora eu estou casada com o homem que é meu grande amor (Keith Urban) e parece quase desrespeitoso. Tendo dito isso, eu me casei muito jovem, mas definitivamente isso não me trouxe poder, trouxe proteção. Eu me casei por amor, mas ser casada com um homem extremamente poderoso evitou que eu sofresse assédio sexual. Eu consegui trabalhos, mas ainda assim estava muito protegida.”

Relato da atriz sobre mulheres, poder e indústria cinematográfica à revista New York.


Roxane Gay: “As pessoas adoram acreditar que mulheres gordas ou pouco atraentes estão livres de assédio”


Roxane Gay durante o evento Fall for the Book: “quem assediaria você?”, perguntam a ela, questionando seu relato de assédio.

“As pessoas adoram acreditar que mulheres gordas ou pouco atraentes estão livres de assédio. Eu também acreditei nisso. Quando eu era criança. Nós não estamos imunes aos abusos. As pessoas não acreditam em nós. ‘Quem assediaria você?’. E isso nos torna alvos ainda maiores”.


A escritora e editora americana postou esse relato em sua conta no Twitter, o que levou muitas mulheres a contarem seus próprios casos de assédio e de descrença em suas denúncias, porque supostamente elas eram “feias demais para serem abusadas”.


Aparna Nancherla: “Comparação descabida”

“Perguntar às mulheres por que elas não deram queixa imediatamente após os abusos sexuais que sofreram é comparável a perguntar a uma pessoa por que ela não deu queixa do seu próprio sequestro”.


A comediante americana resumiu, em seu Twitter, por que muitas das vítimas de assédio sexual contra a mulher deixam de denunciar a agressão. Medo, impotência, vergonha e trauma de reviver toda a situação novamente são alguns dos motivos.


O site do jornal O Globo publicou o vídeo abaixo, narrado pela cineasta Marina Person, em que atrizes e cantoras brasileiras contam situações de abuso que já viveram e se manifestam sobre o assédio sexual contra a mulher.



Conheça o curso online Assédio Sexual: Prevenção e Combate, disponível no Veduca. Desenvolvido em parceria com a Women Friendly, a primeira start-up da América Latina a certificar empresas e estabelecimentos que se dispõem a eliminar o assédio sexual contra a mulher (e contra qualquer pessoa) de seus ambientes de trabalho e de consumo, o curso oferece conceitos e práticas importantes para pessoas e companhias que querem fazer a sua parte para oferecer um ambiente seguro para todas as pessoas.


Créditos das fotos:


Foto da chamada (Angelina Jolie).

Foto de Georges Biard – Veja a foto aqui


Taís Araújo em cena, ao lado do ator Lázaro Ramos, durante apresentação da peça de teatro O Topo da Montanha, no Tom Brasil, em São Paulo.


Foto de Teca Lamboglia O Topo da Montanha | Tom Brasil Veja a foto aqui

Cláudia Leitte canta em um show, em Feira de Santana (BA).


Foto de Paulomedford Veja a foto aqui

Lupita Nyong’o discursa durante o 76th Annual Peabody Awards Ceremony, em Nova York.


Foto de Stephanie Moreno/Grady College of Journalism and Mass Communications for

Peabody Awards/University of Georgia – Veja a foto aqui


Roxane Gay durante o evento Fall for the Book 2014

Foto de Slowking4 – Veja a foto aqui

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